segunda-feira, 27 de julho de 2020

A Igreja na Idade Média (texto e atividade)


ATIVIDADES NÃO PRESENCIAIS (Baixa Idade Média)
 Disciplina: História
Professor: Alexandre N. Lentini
Ano/Turma: 7º
TRIMESTRE: 1º



(EF06HI17)
Os servos estão ligados a terra de um senhor, onde podem produzir para garantir sua sobrevivência. Para poder viver nelas os servos devem uma série de obrigações aos senhores, como garantir parte de sua produção de alimentos para o eles, pagar certos tributos (em alimentos, também), entre outros. Muitas vezes eles devem pagar também pelo uso dos instrumentos de trabalho do feudo, entre outros tributos. O servo não pode ser trocado ou vendido, é considerado livre. A relação pode surgir de dívidas de honra, de guerras, mas também simplesmente pela vinculação de populações que não tem terra com os senhores de terra.

Os escravos tem vínculo com o senhor, não com a terra. Ele é considerado juridicamente propriedade desse senhor, que decide de forma arbitrária quais são as obrigações. Não tem liberdade, não pode se locomover, romper a relação de trabalho, etc. Na maioria dos povos eles surgem de guerras ou dívidas, e na sociedade moderna a partir do tráfico de escravos. Ambas são condições relacionadas ao mundo do trabalho e relações sociais de poder. Em geral, vincula-se a servidão à sociedade medieval, enquanto a escravidão é mais associada à antiguidade (Grécia, Roma, Oriente) e nos sistemas coloniais montados pelos europeus na América, África e Ásia. (O Estado pode ter tanto escravos, quanto servos, dependendo do contexto..

https://profes.com.br/tira-duvidas/historia/diferencas-entre-escravos-e-servos/

Igreja na Idade Média (EF06HI18) https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/igreja-na-idade-media.htm

Com a expansão do feudalismo por toda a Europa Medieval, observamos a ascensão de uma das mais importantes e poderosas instituições desse mesmo período: a Igreja Católica. Aproveitando-se da expansão do cristianismo, observada durante o fim do Império Romano, a Igreja alcançou a condição de principal instituição a disseminar e refletir os valores da doutrina cristã. Naquela época, logo depois do Primeiro Século, diversas interpretações da doutrina cristã e outras religiões pagãs se faziam presentes no contexto europeu. Foi através do Concílio de Niceia, em 325, que se assentaram as bases religiosas e ideológicas da Igreja Católica Apostólica Romana.
Através da centralização de seus princípios e da formulação de uma estrutura hierárquica, a Igreja teve condições suficientes para alargar o seu campo de influências durante a Idade Média. Estabelecida em uma sociedade marcada pelo pensamento religioso, a Igreja esteve nos mais diferentes extratos da sociedade medieval. A própria organização da sociedade medieval (dividida em Clero, Nobreza e Servos) era um reflexo da Santíssima Trindade. Além disso, a vida terrena era desprezada em relação aos benefícios a serem alcançados pela vida nos céus. Dessa maneira, muitos dos costumes dessa época estavam influenciados pelo dilema da vida após a morte. Além de se destacar pela sua presença no campo das ideias, a Igreja também alcançou grande poder material.
Durante a Idade Média ela passou a controlar grande parte dos territórios feudais, se transformando em importante chave na manutenção e nas decisões do poder nobiliárquico. A própria exigência do celibato foi um importante mecanismo para que a Igreja conservasse o seu patrimônio. O crescimento do poder material da Igreja chegou a causar reações dentro da própria instituição. Aqueles que viam na influência político-econômica da Igreja uma ameaça aos princípios religiosos começaram a se concentrar em ordens religiosas que se abstinham de qualquer tipo de regalia ou conforto material.
Essa cisão nas práticas da Igreja veio subdividir o clero em duas vertentes: o clero secular, que administrava os bens da Igreja e a representava nas questões políticas; e o clero regular, composto pelas ordens religiosas mais voltadas às práticas espirituais e a pregação de valores cristãos. Sob outro aspecto, a Igreja também teve grande monopólio sob o mundo letrado daquele período. Exceto os membros da Igreja, pouquíssimas pessoas eram alfabetizadas ou tinham acesso às obras escritas. Por isso, muitos mosteiros medievais preservavam bibliotecas inteiras onde grandes obras do Mundo Clássico e Oriental eram preservadas.
São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, por exemplo, foram dois membros da Igreja que produziram tratados filosóficos que dialogavam com os pensadores da Antiguidade. Mesmo contando com tamanho poder e influência, a Igreja também sofreu com manifestações dissidentes. Por um lado, as heresias, seitas e ritos pagãos interpretavam o texto bíblico de forma independente ou não reconheciam o papel sagrado da Igreja.
Em 1054, a Cisma do Oriente marcou uma grande ruptura interna da Igreja, que deu origem à Igreja Bizantina. Não cabe a nós querer criminalizar ou repudiar a Igreja dos dias de hoje, com base nas suas ações passadas. As questões e práticas dessa instituição não são exatamente iguais àquelas encontradas entre os séculos V e XV.
Dessa maneira, ao darmos conta do papel desempenhado por essa instituição religiosa, durante a Idade Média, obtemos uma grande fonte de reflexão sob tal período histórico.


Atividades:
1-Dispondo de grande poder econômico, a Igreja Católica possuía imensa riqueza, representada por bens móveis e imóveis. Em uma sociedade em que a terra se firmava como a base da riqueza, o fato de a Igreja converter-se na maior proprietária de terras ajuda a entender melhor a preponderância que assumiu na sociedade medieval, da qual se tornou dirigente, não só nos assuntos materiais mas como também nas questões temporais. Foram mecanismos usados pela Igreja para manter sua riqueza e poder:
a) A cobrança de dízimos e a oposição dos reis francos medievais.
b) A instituição do celibato clerical e a criação da inquisição.
c) O controle sobre as terras do Império Romano e o apoio ao centralismo político.
d) A tolerância do escravismo e o monopólio do saber.
e) A utilização da servidão e o incentivo ao comércio.

2-Os mais importantes teólogos da Igreja, respectivamente na Alta e na Baixa Idade Média, foram:
a) Santo Agostinho e São Bento;
b) São Paulo e Santo Tomás de Aquino;
c) Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino;
d) São Patrício e Santo Tomás de Aquino;


3-A Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa originaram-se de uma cisão denominada:
a) Grande Cisma do Ocidente;
b) Cativeiro de Avignon;
c) nicolaísmo;
d) Cisma do Oriente;


4-Uma característica da Idade Média foi o surgimento de heresias.
a) Que são heresias?
b) Quais as principais reações da Igreja católica diante delas naquele período?

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